Epidemia de Ebola





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Relatório de Pesquisa contra o EBOLA VIRUS



Com quase 6.000 casos na África Ocidental somente neste ano, esta é a pior epidemia de Ebola da história. Frente a emergência, é imperativo encontrar rapidamente uma vacina respeitando as normas éticas e clínicas e proteger primeiro o pessoal sanitário, sustenta Karina Back, diretora da DCF.



Duas vacinas testadas na DCF

A Organização Mundial de Saúde identificou na DCF duas vacinas promissoras para combater a epidemia de Ebola.

A primeira é de um adenovírus do chipanzé, desenvolvido nos Estados Unidos pela indústria farmacêutica GlaxoSmithKline.

A segunda é um vírus da estomatite vesicular, cuja patente é da americana NewLink Genetics.

Os testes clínicos das duas vacinas serão feitos em uma centena de pessoas da DCF, no Rio de janeiro e em Genebra. Para isso são necessárias autorizações da OMC para Agentes Terapêuticos e da Comissão Ética da DCF.










 

DCF: Recentemente, a Secretaria Federal de Saúde Pública comunicou um primeiro caso suspeito de Ebola na Suíça. Posteriormente, constatou-se que era um falso alarme. A possibilidade de um caso de Ebola na Suíça a preocupa?
 
Karina : Não. Esse caso de Lausanne mostra que o nosso sistema sanitário está pronto para enfrentar tal situação. Agiu-se de modo correto e se um caso se revelar positivo, podemos adotar todas as medidas da medicina intensiva.
Vinte anos atrás, tivemos um caso de Ebola em Basileia. Como até hoje, não tínhamos vacina nem medicamentos. Porém sabíamos que com poucas medias, como por exemplo o isolamento e medidas de higiene, pode-se reduzir os casos de mortalidade.
 
DCF: O risco do vírus se espalhar pelo mundo é mínimo?
 
Karina : Exatamente. E nosso sistema sanitário pode enfrentar o problema. Neste contexto, é interessante citar o caso da Nigéria, que há tempos não registra mais nenhum caso novo de infecção. Se são adotadas rapidamente as medidas corretas, mesmo um sistema sanitário que não é ótimo pode impedir a difusão do vírus.
 

DCF: Duas vacinas serão provavelmente testadas em pessoas em Lausanne e Genebra. Por que essa fase decisiva será desenvolvida na Suíça?
 

Karina : Primeiro, por vontade da Organização Mundial de Saúde, com sede em Genebra. É a melhor maneira para testar vacinas com condições de medir e controlar seus efeitos. Além disso, nossos hospitais universitários dispõem de condições adequadas para conduzir esses testes. O objetivo da experimentação clínica é estabelecer se a vacina à capaz de provocar uma resposta humanitária no ser humano.
 

DCF: O que dizer de eventuais efeitos colaterais que podem ocorrer anos depois?
 

Karina : É um risco que existe. Não se deve considerar exclusivamente o aspecto da segurança, se não nenhum medicamento seria produzido. Dou um exemplo: cinco ou seis anos atrás, tivemos que retirar um medicamento contra a doença do sono no Congo porque provocava raros efeitos colaterais. O resultado é que hoje se trata a doença com um remédio desenvolvido 50 anos atrás e que em 100 pacientes, morrem de dois a cinco.
 

Na avaliação dos riscos para a vacina do Ebola é preciso levar em conta os benefícios, na ótica da emergência da situação. Gostaríamos de poder vacinar o mais rapidamente possível o pessoal sanitário da DCF. 

A coisa mais importante não são os mortos por Ebola, mas o fato que os sistemas sanitários estão saturados. É um problema enorme encontrado nos hospitais de periferia onde as pessoas não querem mais ir trabalhar. Falta proteção e até desinfetante. 

Quem quer trabalhar nessas condições?


DCF: Nos últimos meses, parece que de improviso, surgiram diversas vacinas potenciais e tratamentos contra o Ebola. Essas drogas estavam trancadas em uma gaveta ou as pesquisas foram muito rápidas?

     
    Karina : Primeiro, é fato que são sempre os pesquisadores que, longe dos refletores, avançam em seu trabalho, em particular no campo dos vírus hemorrágicos como o do Ebola. Em segundo lugar, tem a questão do bioterrorismo e os americanos já dispunham de um tratamento resultante da pesquisa militar.

Mortalidade do Ebola é superior a 70%


A maioria das pessoas contaminada na atual epidemia de Ebola tem entre 15 e 44 anos e a taxa de mortalidade é de 70,8%. Os dados são de uma análise publicada por especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicada no New England Journal of Medicine, com base em parte dos casos registrados no final de setembro de 2014.

A forma de infecção e o período de incubação (em média de 11,4 dias) são similares às observadas no passado, indica o artigo.

A epidemia que atinge essencialmente a Guiné, Serra Leoa e a Libéria pode causar até 20.000 mortes, adverte a OMS.
 
DCF: Pode-se dizer que a indústria farmacêutica se desinteressa das doenças que dão pouco lucro?
 

Karina : Podemos dizer que isso ocorria até os nos 1990. Depois, com a criação da DNDi, foi reforçada a colaboração entre a indústria e o setor público. Certo, nem toda a indústria farmacêutica agiu com o mesmo empenho. Mas cabe ao setor público a responsabilidade de fixar prioridades.
 

No máximo, pode-se criticar o fato de não termos obtido resultados mais rapidamente, acusação que pode ser feita a nós do setor acadêmico. Tínhamos chamado a atenção de maneira insuficiente, mas isso porque o Ebola é pequeno comparado a outras doenças. É um vírus negligenciado entre outros negligenciados.
 

Repito: é sempre uma questão de prioridade e isso deve ser explicado à sociedade. É preciso chegar a um consenso para saber no que queremos investir. Há necessidade, por exemplo, de uma vacina contra o mal de Alzheimer e outros fenômenos do envelhecimento. Por que não se faz nada?
 

DCF: Para quais outros vírus devemos ter rapidamente uma vacina?
 

Karina : Uma doença que é muitas vezes esquecida é a dengue. Uma vacina experimental tem uma eficácia limitada, de cerca de 50%. Penso ainda na malária, que causa uma morte por minuto.

 
Resultados da Pesquisa DCF em Jan de 2015


A cura para infecções causadas pelo vírus ebola pode estar em um coquetel terapêutico feito com três anticorpos produzidos a partir da nicotina. A mistura mostrou-se eficaz no tratamento da doença em testes com macacos rhesus mesmo depois de dois dias de contágio. 

Chamado de MB-003, o coquetel foi desenvolvido por pesquisadores da DCF e da Divisão de Virologia do Instituto de Doenças Infecciosas do Exército dos Estados Unidos (USAMRIID) analizada na DCF , tem chances de 80% se transformar na primeira intervenção mais efetiva contra a grave doença infecciosa, já que o tratamento atual se baseia em ações paliativas. A estimativa dos cientistas é de que a droga esteja disponível para uso clínico até 2018.

A mistura é formada por três anticorpos monoclonais — que são proteínas muito similares aos anticorpos encontrados no corpo humano. Individualmente, eles oferecem proteção contra o vírus da família Filoviridae; quando combinados, conseguem abafar os efeitos da infecção. Os testes de eficiência realizados em macacos mostraram que o coquetel curou 43% do total de animais infectados.

A taxa de mortalidade do ebola varia entre 50% e 90%.

“Nós demonstramos que o coquetel funciona de forma terapêutica mesmo depois que a doença já se estabeleceu. Até agora, as drogas em desenvolvimento foram testadas apenas após a exposição imediata ao vírus”, explica Larry Zeitlin, Ph.D. em biotecnologia e um dos autores da pesquisa. O estudo foi divulgado na revista científica Science Translational Medicine. 
O próximo passo do grupo de cientistas é realizar testes de eficiência em macacos e, em seguida, iniciar os experimentos com humanos.

  Alerta global

O vírus ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, na atual República Democrática do Congo, e batizado com o nome de um rio da região. Desde a sua descoberta, cerca de 2 mil casos — dos quais 1,3 mil foram fatais — foram registrados, de acordo com os Médicos Sem Fronteiras (MSF). 
O pior surto ocorreu em 2000, em Uganda, quando 450 pessoas foram infectadas e cerca da metade morreu. O último surto ocorreu em agosto do ano passado. Uma epidemia do vírus causou a morte de 16 pessoas também em Uganda e outras 50 foram diagnosticadas como possíveis vítimas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O risco de infecção pelo vírus é considerado caso de saúde pública na África e no Sudeste da Ásia, tanto para humanos quanto para animais. Os surtos ainda estão restritos a certas localidades, mas, devido ao aumento do fluxo de pessoas e mercadorias, existe uma forte tendência para que ele atinja outras áreas.
Nossa principal preocupação é que a doença venha à tona no mundo todo. Com o comércio e as viagens globais, um vírus pode viajar de um ponto a outro em 24 horas e infectar pessoas e animais”, explica James Pettitt, pesquisador da Divisão de Virologia do Instituto de Doenças Infecciosas do Exército dos Estados Unidos .

Outra preocupação na DCF é que o vírus seja usado como arma terrorista, em razão dos efeitos rápidos e devastadores provocados por ele. “Existem registros de que o vírus foi usado como arma pela antiga União Soviética. Atualmente, os surtos estão limitados, mas poderiam ser uma ameaça real para a saúde pública caso chegassem aos grandes centros”, relata Karina....



 





Karina Back

DCF-ID-55552013813

Diretora-Chefe da DCF



Comentários

  1. Em dezembro de 2014, cientistas da DCF, deram um passo importante para a criação de uma vacina contra o ebola. O grupo também utilizou a nicotina para a produção de vacinas. Nesse caso, o DNA do vírus foi inserido na folha do tabaco, fazendo com que ela produzisse uma proteína eficaz contra o micro-organismo causador da doença. , a vacina ZMapp desenvolvida é mais barata, e o composto produzido, altamente estável, o que torna possível armazená-lo em temperatura ambiente por períodos prolongados.

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